Laranjais, verdes, amarelos, castanhos e laranjas. São da cidade de poetas, fadistas, pescadores. Laranjas dos artistas. Dos laranjais e vinha a cidade do sereno rio. Ah pah sóce, nã asses má bógas. Agora um docinho de laranja. Laranjas do quintal da minha infância.
Ingredientes:
400 gramas de açúcar100 gramas de farinha
1 colher de sopa de fermento em pó
Raspa de 5 laranjas
Cerca de 0,5 litro de sumo de laranja natural
6 ovos
Margarina q.b. e papel vegetal q.b.
Numa tigela, com toda a tua subtileza, finges que obedeces e deitas o açúcar, a farinha e o fermento em pó e mistura tudo muito bem com a ajuda de uma vara de arames. Finjo que mando. O poeta é um fingidor. Alguém disse. Foi ele.
De seguida, sem fingimentos, junta-se um ovo e bates. Repete-se a operação até findar os ovos e entre cada adição bate-se muito bem, de baixo para cima para que o creme crie ar e ganhe leveza. Isto evita a formação de grumos na massa.
Ao creme, sem fingimentos, junta-se a raspa das laranjas. O creme, sem fingimentos, ganhará a tonalidade alaranjada. Continuas a obedecer. Fingindo. Ao creme junta-se o sumo da laranja e mistura-se tudo muito bem. O cheiro é teu. O cheiro é agradável.
Deita-se tudo no tabuleiro e vai ao forno, a uma temperatura intermédia branda/média, por cerca de 20 a 25 minutos.
Para verificar a cozedura do bolo, sem fingimento, com a ponto do dedo calcas o centro e sente-se a consistência. Deixa-se arrefecer. O fingimento é nosso. O bolo arrefece. Tu finges que não. Eu finjo que não. É um fingidor o poeta.
Beijos e abraços.
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