quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Feijoada de Frango


festa na aldeia. Todos se juntam à volta da fogueira. O frio não arrefece, mas os corpos inundam de calor a praça. Ninguém olha. Todos sentem o mesmo. Ninguém fica indiferente. Entre o laranja das labaredas, observo-te passo a passo. Dás um trago no copo com um líquido irreconhecível pela distância de gentes que nos separam. Fecho os olhos e abro-os para a quimera do nosso campo… onde pela manhã o frango se apresenta num pica-pica ritmático dos físicos onde a metafísica se sente. Transcendental

Ingredientes:
1 lata pequena de tomate pelado
1 cebola grande

1 dente de alho
Meio frango do campo cortado em pedaços

5 cm de chouriço de carne
Picante

Sal q.b.
Uma lata média de feijão branco

1 cenoura grande às rodelas
Coentros frescos q.b.

10 cl de água

Refoga-se, numa panela ou num tacho, uma cebola cortada às rodelas finas, o dente de alho picadinho e uma lata pequena de tomate pelado. Deito-te nos verdes campos como os do poeta. Feito o refogado, junta-se o frango e tempera-se de sal, deixa-se cozinhar. Aproveitando o gozo do tempo, sugamos a híbrida energia do encanto. Quando o frango estiver cozinhado, junta-se o naco de chouriço às rodelas bem como a cenoura também às rodelas. Misto egoísta de deleite. Deixa-se cozinhar mais um pouco até as cenouras estarem rijamente cozinhas. Nesta festa corpórea sente-se uma magia pueril. Deita-se a água e quando esta levantar fervura junta-se o feijão e o picante. Provo-te, de novo. Prova-se. De novo, provas-me.

Retifica-se se for caso disso. Retorna-se aos verdes campos, do poeta. Pica-se um molhinho de coentros e junta-se tudo no tacho. Descemos do utópico idílico firmamento e desligamos. Desliga-se o lume e deixa-se tudo apurar com uma tampa na panela ou no tacho. Beijamo-nos. De seguida, serve-se e toma-se a refeição em festa.
 

Beijos e abraços

Sem comentários:

Enviar um comentário