– Já te disse para mo dizeres. – digo-te com aquele carinho que só tu sabes reconhecer.
– Que queres que te diga? – questionas para o ar como que se eu me ausentasse da tua existência.
– Não te volto a pedir…
Silencio e reflicto. Não mereces de certeza isto. Respiro. O ar ajuda-me! Pego e fecho-te os olhos. O pão, como dizia Bertolt Brecht, é a justiça e “a justiça ruim fora. O pão ruim fora”. Este é maravilhoso, torneado de carinho, amor e sabor.
Prova-me, só mais uma vez, “deixa-me sonhar, pensar que vais ficar sempre junto a mim; faz-me acreditar que ainda sou tudo para ti”. O pão…
Um pão
Uma embalagem de queijo mozzarela
Uma embalagem de queijo emmental
Um frasco de 450 gramas de maionese ligth
Uma cebola
4 dentes de alho
Uma linguiça picante
Um raminho de cebolinho ou de manjericão fresco
Meia chávena de pickles
Uma ou duas colheres de natas
Orégãos (opcional)
Abre-se uma tampa no pão e tira-se todo o miolo do interior, com muito cuidado para não danificar a sua côdea. É assim que se deve tratar o amor. Com cuidado. Sem danificar. Reserva-se todo o miolo e a tampinha. Reserva-se a paixão para o amor.
Serve-se quente. Sim, quentes. O miolo tostado no forno servirá para ser barrado com o recheio do pão. Deliciamos o quente. É uma delícia. É, de certeza. A completar uma boa conversa e uma taça daquele vinho que está no armário desde o nosso primeiro dia.
Beijos e abraços.
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